a seguir quero continuar a aprender. conseguir viver junto às árvores, ouvir o seu chamamento e atingir a sobriedade de não lhes romper o tronco. deixar que a sua grandiosidade se mantenha de pé sem as querer esventrar na busca de contágio. olhar o que não foi feito para trás e cumprir o respeito devido à paz de espírito. obedecer ao que parece óbvio depois de emocionado. estou no choupal. as tábuas desta mesa serviriam para uma caixa quadrada, no entanto, calhou-lhes a sorte de permanecer aqui. calhou-me a sorte de pousar sobre a mesa que estas tábuas moldam, os meus livros, os lápis e o livro de esboços com esboços, os lábios, o meu cansaço e esta vontade de continuar. aqui pairam sobras de folhas. verdes. as sombras. e a sombra da minha mão em movimento sobre esta folha. calhou-me a sorte de ser nómada. nesta última paragem que fiz, a sorte é conhecer coimbra do choupal. viver contigo coisas sobre as raízes.
* apropriação e distorção das palavras de Vila-Matas ao seu amigo Manuel Herminio Monteiro - tu foste Lisboa para mim - no prefácio de Urzes
tonight we fly, Divine Comedy
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1 comentário:
:) (este smile é do tamanho de um sorriso escancarado e de um abraço muito forte)****
tu não devias poder escrever posts destes sem aviso prévio.
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